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De Cabeça no Ar

"Sou uma parte de tudo aquilo que encontrei no meu caminho..." - Alfred Tennyson.

De Cabeça no Ar

"Sou uma parte de tudo aquilo que encontrei no meu caminho..." - Alfred Tennyson.

Estilo de vida minimalista

Sempre gostei de ter as minhas coisinhas e guardava muitas recordações. O porta-chaves que alguém me ofereceu, o bilhete de cinema do filme que fui ver com aquela pessoa especial, a fita que vinha no ovo de Páscoa que me ofereceram em 1996, uma flor seca daquela passeio pela montanha, and so on, and so on....Podem imaginar a quantidade de "tralha" que se junta ao fim de algum tempo.

 

Isto foi assim durante muito tempo até que cheguei a um ponto que pensei "Isto não pode continuar assim. Tenho que guardar as memórias no coração. Caso contrário fico sem espaço em casa para mais nada!"...ok, não foi bem assim, mas foi algo parecido. Este Natal foi a altura em que fiz das tripas coração e abri o baú de recordações com caixinhas e papéis e flores secas e arames e deitei fora.

 

"Ai c'orror! Que pessoa mais insensível!"

 

Talvez. A verdade é que houve coisas que me custou deitar fora porque me traziam boas recordações. Mas tive que o fazer. Até porque algumas delas faziam com que ainda estivesse presa ao passado.

 

Quando terminei, tive um misto de tristeza mas ao mesmo tempo de liberdade. Claro que não dei a volta à tralha toda, mas fiz a parte mais difícil que foi começar. E além disso, comecei por algo que tinha um grande significado para mim.

 

No meio destas limpezas, deparei-me com o termo "Minimalismo" que é um método japonês para aprender a viver com menos. Comecei a ler mais sobre este tema e gostei. A verdade é que vivemos numa era de consumismo e de juntar objectos e louça e roupa e coisas em casa! Custa desfazer-nos destas coisas porque muitas vezes temos ligação com elas e/ou nos trazem boas recordações. O truque é aprender a libertar-nos e a viver com o essencial. E perceber que não é preciso muita coisa para ser feliz. ☺