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De Cabeça no Ar

"Sou uma parte de tudo aquilo que encontrei no meu caminho..." - Alfred Tennyson.

De Cabeça no Ar

"Sou uma parte de tudo aquilo que encontrei no meu caminho..." - Alfred Tennyson.

DIY: Desodorizante Caseiro

Por mais natural que um produto pareça ser e por mais folhas verdes que tenha na embalagem, no fim todos os produtos têm químicos na sua composição e grande parte destas marcas bonitas e fofinhas ainda faz testes em animais em pleno século XXI.

 

Quando comecei a tomar consciência disso, comecei por reduzir os produtos que fazem testes em animais [a minha intenção é conseguir eliminar completamente].

 

Com isto não mudo o mundo da noite pro dia, mas caminho na direcção certa 

 

Posto isto, certo dia resolvi começar a trocar os produtos de higiene, por produtos realmente naturais.

 

Comecei pelo desodorizante!

 

Como sabem sou preguiçosa, por isso a receita tinha que ser algo fácil:

 

Ingredientes:

4 colheres de sopa de bicarbonato de sódio

4 c.s. de farinha maizena

8 c.s. de óleo de côco

 

Preparação:

Aquecer ligeiramente o óleo para derreter e misturar com o bicarbonato e a maizena até ficar uma espécie de pasta.

Deitar num frasco de vidro e, se fizer muito calor, manter o frasco no frigorífico caso contrário derrete por causa do óleo de côco.

 

A farinha e o bicarbonato vão evitar o mau cheiro e o óleo de côco vai hidratar e perfumar a pele.

 

Resultado: 

IMG_20170601_235033_wm.jpg

Fica com aquele aspecto mesmo de sabão. Como não tinha um daqueles tubos vazios de desodorizante, coloquei numa taçinha. Não é muito prático porque para espalhar o desodorizante tenho que passar os dedos na taça e depois espalhar nas axilas [é o que dá ser impaciente e não esperar pelos objectos todos  ]. Mas pelo menos fica um cheirinho bom e as axilas ficam suaves! 

P.S.: se quiserem fazer só para experimentar um bocadinho para ver se gostam, façam apenas metade da receita que mesmo assim ainda rende um bocado.

 

 

Estilo de vida minimalista

Sempre gostei de ter as minhas coisinhas e guardava muitas recordações. O porta-chaves que alguém me ofereceu, o bilhete de cinema do filme que fui ver com aquela pessoa especial, a fita que vinha no ovo de Páscoa que me ofereceram em 1996, uma flor seca daquela passeio pela montanha, and so on, and so on....Podem imaginar a quantidade de "tralha" que se junta ao fim de algum tempo.

 

Isto foi assim durante muito tempo até que cheguei a um ponto que pensei "Isto não pode continuar assim. Tenho que guardar as memórias no coração. Caso contrário fico sem espaço em casa para mais nada!"...ok, não foi bem assim, mas foi algo parecido. Este Natal foi a altura em que fiz das tripas coração e abri o baú de recordações com caixinhas e papéis e flores secas e arames e deitei fora.

 

"Ai c'orror! Que pessoa mais insensível!"

 

Talvez. A verdade é que houve coisas que me custou deitar fora porque me traziam boas recordações. Mas tive que o fazer. Até porque algumas delas faziam com que ainda estivesse presa ao passado.

 

Quando terminei, tive um misto de tristeza mas ao mesmo tempo de liberdade. Claro que não dei a volta à tralha toda, mas fiz a parte mais difícil que foi começar. E além disso, comecei por algo que tinha um grande significado para mim.

 

No meio destas limpezas, deparei-me com o termo "Minimalismo" que é um método japonês para aprender a viver com menos. Comecei a ler mais sobre este tema e gostei. A verdade é que vivemos numa era de consumismo e de juntar objectos e louça e roupa e coisas em casa! Custa desfazer-nos destas coisas porque muitas vezes temos ligação com elas e/ou nos trazem boas recordações. O truque é aprender a libertar-nos e a viver com o essencial. E perceber que não é preciso muita coisa para ser feliz. ☺